Há trinta anos, um novo fôlego surgia na ficção científica e revolucionaria para sempre os paradigmas do gênero, o livro Neuromancer escrito por Willian Gibson trazia novos conceitos em um universo recheado de corporações inescrupulosas, alta tecnologia invasiva e degradação humana.
Há trinta anos Case era o anfitrião deste universo, nos apresentando a “Razor Girl” Molly Millions, Dixie “Flatline”, Armitage, Lady 3jane, Wintermute além de outros nesta jornada. Nos apresentava também a Sense Net, a empresa de inteligência artificial Tessier-Ashpool e o que significava ser um cowboy navegando em um console pela Matrix. Sim, a mesma matrix do Neo, Trinity e Morpheus que foi um sucesso de bilheteria no final dos anos 1990. Veríamos esta mesma matrix no RPG Shadowrun e no anime Ghost In The Shell, travestido pelo nome de “cyberespaço”.
Há trinta anos, este que vos escreve tinha apenas um ano de idade e não fazia ideia do mundo cibernético que o esperava mas ele o encontrou. Um mundo que nunca mentiu pra ele e sempre o incentivou a pensar fora da caixa, mesmo que muitas vezes as verdades que descobrisse não fossem as mais confortantes. Há trinta anos, “O céu sobre o porto tinha a cor de uma televisão sintonizada em um canal fora do ar…”.
Cyberpunk BRAZIL 
Lembrando:
Foi lançado no ano de 1984, o mesmo ano que rendeu o título da obra de George Orwell, trazendo um clima tão sujo e opressor quanto a oceania de Orwell. Os questionamentos trazidos nessa obra (um dos romances mais importantes do século XX sem dúvidas) são completamente atuais e futuros. O clima denso, quase pode-se tocar a pilantragem com as próprias mãos, a relação introspectiva dos personagens, simplesmente uma das coisas mais fodas para se ler na vida.
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